"O pessimismo tomou a fé do poeta,
Que já não se ocupa de ler e orar,
Nem expressa em versos os rios do olhar
Que abundam de si a calmaria inquieta...
Em redondilhas quíntuplas ou nas heptas,
Em quantos papeis poderia anotar
Todas as vezes que ousou abandonar
Seu caminho por vias incorretas?"
Fé nunca houve em quem dela se desfez.
-Solte lágrimas, pois te tornas rude.
Forjas falsas crenças em solitudes...
Dizes Gazéis e as fases em Hafez
Como se te fora dada a virtude...
Um asceta, ó poeta, nunca se ilude!
09/10/2014
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
segunda-feira, 21 de julho de 2014
I
Nos ilude em versos o poeta quando
Diz "Quam minimum credula postero
Carpe diem", de todo sendo sincero
E se espera do amanhã algo nefando?
Saboreava ele a vinha embriagando
Multidões dadas ao jugo severo
De rudes tiranos símios a Nero?
Onde este dito está nos Comandos?
Não tramo em rimas desonrar Horácio.
Seus epodos persuadem-me uma busca
Do princípio que a todos nós ofusca.
Mas levo a vida como fez o Trácio,
Espero além da sedução brusca
Levar os deuses à ruína etrusca!
21/07/2014
Diz "Quam minimum credula postero
Carpe diem", de todo sendo sincero
E se espera do amanhã algo nefando?
Saboreava ele a vinha embriagando
Multidões dadas ao jugo severo
De rudes tiranos símios a Nero?
Onde este dito está nos Comandos?
Não tramo em rimas desonrar Horácio.
Seus epodos persuadem-me uma busca
Do princípio que a todos nós ofusca.
Mas levo a vida como fez o Trácio,
Espero além da sedução brusca
Levar os deuses à ruína etrusca!
21/07/2014
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