amores que passam qual breve aceno
prenderam em garras o tolo odisseu
dez anos pranteava ungido em venenos
por amores vis que blasfemam de Deus
de cego não viu os afagos pequenos
e um mórbido beijo lhe convenceu
soube do engano pois versos obscenos
de outros poetas seriam que não dos seus
busca o guerreiro deixar a desdita
e ruma prum mar repleto de ameaças:
de feitiços dóceis e falsos amores
nem pôde esperança encontrar em ítaca
querendo da maga a velha mordaça
que ora prezava por outros senhores
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25/02/2019
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