eu vivo uma saudade inalterada
como quem folheia um livro eternamente
e descobre outra pista desvelada
renovando o seu anseio permanente
eu vigio das muralhas essa estrada
como quem aguarda os astros do oriente
que anunciam ao romper da madrugada
boas novas de quem me faz penitente
entrego-me ao sono com esperança
de achar em outro mundo o peito amado
no esforço de guardar a trajetória
sozinho acordo e cheio de lembrança
levando no futuro o meu passado
assim feliz vivendo na memória
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16/03/21
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