meu corpo é um descampado grão, indefeso
donde salpintam saraivadas, sismos,
disjungem-no lumes de lavas acesos
ou uma sizígia que impõe cataclismos
tolhiço sangue que em tubos vai preso
perfura meu peito em intemperismos
malgrado o projeto que geme coeso,
de chôfre, subleva emergindo o abismo
no que cisalha sobeja a voragem
rompante de anseios que ataca o virente,
mas falto de viço, o meu coração
silhares furam a garba coragem
e a tornam em débil, retesa e doente
legando apenas a muda oração
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06/11/2021
choro das águas, choro bandido
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