Quedo momento propício aos augúrios,
Enquanto setas sorria Selene,
Meu juízo prospecta assim pra que drene
O fio do porvir a ascetos murmúrios.
Mas horas oscuras vão sevos, fúrios
Os rudos servos de Arimã em sirenes
Rugindo ao Orco e rompendo o perene
Apraz silêncio tão caro a Mercúrio.
Em torpe furor, tal vale das mortes,
Lá mesmo excelso remédio reside
Se ao Caos extertor bom servo tem fides.
Algo há nisso uma razão que os conforte:
Em lágrima e tremor sempre progride
Bom peregrino em Amor a que os lide.
23/08/2015
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