domingo, 23 de agosto de 2015

IV

Quedo momento propício aos augúrios,
Enquanto setas sorria Selene,
Meu juízo prospecta assim pra que drene
O fio do porvir a ascetos murmúrios.

Mas horas oscuras vão sevos, fúrios
Os rudos servos de Arimã em sirenes
Rugindo ao Orco e rompendo o perene
Apraz silêncio tão caro a Mercúrio.

Em torpe furor, tal vale das mortes,
Lá mesmo excelso remédio reside
Se ao Caos extertor bom servo tem fides.

Algo há nisso uma razão que os conforte:
Em lágrima e tremor sempre progride
Bom peregrino em Amor a que os lide.

23/08/2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário